quarta-feira, 22 de dezembro de 2010 6 comentários

Alerta Elemental


Composição de: Raul Dantas

 
Mais uma vez
Estou aqui
Para alertar
Sobre o que eu vi

Eu vi a água ser limpa
Eu vi o verde do mar
Agora a pureza está extinta
e dela já não podemos desfrutar

Eu vi a água ser calma
Das fontes ela jorrar
Agora ela está brava
Tsunami, a fúria do mar

Mais uma vez
Estou aqui
Para alertar
Sobre o que eu vi

Eu vi a terra ser fértil
E dela tudo brotar
Agora tudo é deserto
Não dá pra plantar

Eu vi a terra ser forte
Eu vi ela se sustentar
Agora restou terremoto, erosão
Reação ao nosso explorar

Mais uma vez
Estou aqui
Para alertar
Sobre o que eu vi

Eu vi o ar ser mais puro
Notei ao observar
Hoje está escuro, poluído
Mal dá pra respirar

Eu vi o ar ser tranquilo
Sentia na brisa, calmaria do ar
Mas hoje está ferido
Furacões levam seu lar

Aqui vai um alerta
De como o planeta está
É hora de agir e mudar
Pois sem água, terra e ar
Vida na terra não mais existirá
Por isso levante e lute
Escute meu bom rapaz
Não fique entre a espada e a cruz
E o ultimo a sair que apague a luz.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010 9 comentários

Dois Corações

Composição de: Raul Dantas

Então aqui começa mais uma história
Feita de paixão e glória
Tudo começou naquele dia
Após o show, na rua vazia

Meia noite, silêncio no ar
Frio intenso á luz do luar
Ele cansado, ela também
Aguardando ônibus ou trem

Foi bem ali
Longe das multidões
Um só quadro
Dois corações

No dia seguinte, perto do mar
Marcaram pra se encontrar
Ele apaixonado, ela também
Na companhia do céu, das estrelas e de mais ninguém

Foi bem ali
Longe das multidões
Um só quadro
Dois corações

Então aqui termina mais uma história
Criada pela caneta e minha memória
Mais um fato casual vira poesia
História tão banal, do nosso dia-a-dia.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010 4 comentários

Enigma da Espera


Composição de: Raul Dantas

A espera continua
Mas agora encontra-se cansada
Buscando uma paz não encontrada
No estado em que se situa

O fardo permanece o mesmo
Embora a luta ainda não se dê por acabada
Mudanças no espelho
Pouco abalaram as barreiras encontradas

Ainda não perceberam
Que as virtudes importam mais
Do que as regras, valores e padrões
a que se submeteram

A luz, portanto, pertence apenas a uma minoria
Capaz de tornar a sabedoria em apreço
Embora seja tão rara
Que até hoje ainda não a conheço

A espera continua
De maneira incessante
Tentarei alcança-la
Até o último instante

No meio deste caminho
Muita luta ainda existe
Mas o indivíduo persiste
Em contornar as pedras e os espinhos

Ele quer encontrar a glória
E superar os seus limites
Mas a vida finda com sua esperança, chances de vitória
Uma vez que é constante
A rejeição à seus convites

A guerra apenas se inicia
Quando há alguma razão para lutar
E só tem seu fim
Quando não há mais nada a se esperar

Injustiças até podem ser encaradas como normais
Se estas afetam a todos
Nas nunca quando se faz presente no singular
E o exclui de todo o jogo.



 
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